As criptomoedas podem auxiliar na evolução da economia?
Postado em 29/08/2023 às 09h:50
As criptomoedas surgiram no mercado financeiro dividindo opiniões, pelo fato de se tratar de moedas digitais que correspondem a valores que só existem em registros digitais, ou seja, não é uma moeda física como a que estamos acostumados a ter contato.
Elas funcionam a partir de uma rede conhecida como blockchain, o sistema é o responsável por armazenar com alta segurança as informações.
A primeira criptomoeda criada foi o Bitcoin, no final de 2008, a partir do pseudônimo Satoshi Nakamoto. Desde então, outras criptomoedas foram aparecendo, cada uma com suas características e finalidades. Depois do seu surgimento, o bitcoin logo se destacou e teve seu principal objetivo traçado, o intuito de se tornar uma moeda global.
Uma das principais características do Bitcoin é a descentralização, ou seja, se trata do fato de não poder ser controlado por um governo ou instituição financeira. Assim, não pode ser limitado a um único território, expandindo o seu acesso ao mundo todo.
Existe uma estimativa do Fórum Econômico Mundial, onde acredita-se que até 2027 pelo menos 10% do PIB estará concentrado em ativos digitais, ou melhor dizendo, em formato de criptomoeda. Mas hoje o que impede o Bitcoin de se tornar uma moeda global é a falta de consenso existente entre alguns países, na decisão de como a criptomoeda seria regulada.
Qual a relação existente entre o Bitcoin e a economia?
A criptomoeda é comparada com o ouro, pelo fato de ser escasso e não poder ser criado a partir de algo. Mas ao mesmo tempo, algumas características se destacam, como o fato de poder ser movimentado sem grandes esforços e ter custos bem menores do que enviar dinheiro por meio dos bancos de um país a outro.
Com crises econômicas em alta, a movimentação no débito vem aumentando desde 2008. O ouro e o Bitcoin tendem a ter muito mais valor, vale ressaltar que em países com a moeda local em queda, as criptomoedas podem ter mais visibilidade e assim, ter um aumento de procura.
Países como a China, Índia e África do Sul, registram uma grande quantidade de negociações de criptomoedas nos últimos anos, resultado da desvalorização da moeda local dessas regiões. Sendo assim, a população desses países procura acumular riquezas e acaba vendo na criptomoeda uma chance de lucrar.
Portanto, com o uso das criptomoedas, é possível que o comércio online fique mais barato, pelo fato de não precisar das taxas de conversão do real para o dólar ou então, as remessas para imigrantes que também podem ficar mais baratas, que são hoje determinadas apenas por algumas instituições.
DREX: A evolução da economia chega ao Brasil, a moeda digital brasileira.
O Drex, também conhecido como o Real Digital, será a versão digital do real. Literalmente, a moeda digital brasileira vai ser a representação digital das notas que ainda usamos no dia a dia.
O Banco Central vem citando a moeda digital há algum tempo (2020) e desde então essa evolução vem pensada para ser colocada em prática, com o desenvolvimento da plataforma que fará com que a Drex circule. As regras e fundamentos que mantêm a estabilidade do real, não sofrerão mudanças, para que seja possível realizar transações financeiras.
A expectativa é que a Drex chegue à população no final de 2024, por enquanto tudo está em fase de testes e desenvolvimento, para que a nova moeda permita que os produtos já existente no sistema financeiro sejam oferecidos com um leque maior de variedade e possibilidades, assim, os usuários terão um custo menor e mais chances de suprir suas necessidades.