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Existe dieta para SOP – síndrome do ovário policístico?

Postado em 01/07/2023 às 09h:55

Atualmente, muito se fala nas redes sociais sobre a prescrição de dietas específicas para a SOP – sigla para a doença “síndrome do ovário policístico” – mas será que isso realmente faz sentido e há boas evidências sobre? Antes de tudo, devemos entender, afinal, do que se trata essa doença.

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é caracterizada por dois dos três fatores a seguir: presença de micro cistos no ovário, hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial e alterações no padrão de menstruação levando a oligomenorreia ou então amenorreia.

Quando há o hiperandrogenismo, ou seja, quando há uma maior função de hormônios androgênicos como a testosterona há, consequentemente, um maior risco de que a mulher também apresente junto a isso um quadro de resistência a ação da insulina (o hormônio insulina não atua da forma como deveria nessa mulher, o que pode muitas vezes provocar quadros de hiperglicemia).

Por conta disso, muitos indivíduos propagam que “a dieta ideal para SOP” deve ser reduzida em alimentos que estimulem a insulina, como os carboidratos.

Entretanto, é importante lembrarmos que nem toda a mulher com SOP terá resistência à insulina, já que se trata de uma condição que sofre muita influência genética e ambiental também. Também precisamos saber que, para diminuir essa resistência à insulina, o foco do tratamento não deve estar em simplesmente diminuir alimentos que estimulem a secreção de insulina, já que até as proteínas – através de seus aminoácidos essenciais – também conseguem estimular essa secreção, e não só os carboidratos!

Dessa forma, na resistência à insulina, o alvo do tratamento é a diminuição da gordura corporal visceral e a melhora da sensibilidade à insulina nos tecidos do corpo. Sendo assim, é válido a realização de uma dieta com déficit calórico para a diminuição dessa gordura, além também da prática de atividades e exercícios físicos, melhorando a captação de glicose em locais como o tecido muscular, diminuindo assim a glicemia total durante o dia.

Uma dieta rica em carboidratos integrais, fibras, gorduras insaturadas, frutas e vegetais, diminuindo principalmente carboidratos refinados e gorduras saturadas, também ajuda – e muito – a controlar a glicemia e melhorar a captação de glicose os tecidos. A partir dessas alterações, é possível melhorar a sensibilidade a insulina da paciente, resultado também em uma resposta androgênica mais controlada nessa mulher com SOP.

Por fim, é importante ressaltar que, em muitos casos, mesmo com dieta e exercícios, é necessário intervenção farmacológica, ou com fármacos que controlem o hiperandrogenismo, ou então com fármacos que atuem na sensibilidade a insulina.

Texto por: Pietra Fogaça – Nutricionista

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